IC entrega laudo sobre morte de adolescente no parque Hopi Hari.
Gabriela Nichimura, de 14 anos, morreu ao cair do La Tour Eiffel. Menina estava em cadeira que não era usada há dez anos.
O Instituto de Criminalística de Campinas (IC) entregou no final da manhã desta sexta-feira (13) o laudo da perícia do acidente que matou a adolescente Gabriela Nichimura, de 14 anos, no Parque Hopi Hari, em Vinhedo, no dia 24 de fevereiro. Gabriela caiu do "La Tour Eiffel", de uma altura aproximada de 30 metros.
O documento é a última peça que faltava no inquérito presidido pelo delegado titular de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior.
Em entrevista ao vivo ao Jornal da EPTV, Noventa Júnior disse que em uma leitura rápida do documento detectou que ele aponta a falta de uma aviso sonoro ou visual de que a cadeira onde estava Gabriela não poderia ser usada por estar desativada há dez anos. De acordo com o parque, algum usuário poderia se acidentar na descida, pois poderia bater as pernas na estrutura da torre, também conhecida como elevador.
O laudo aponta ainda a existência de uma chave que libera manualmente esta cadeira desativada. O documento entregue pelo IC registra que atração "La Tour Eiffel" apresentou problemas entre janeiro e o dia do acidente com Gabriela. "Houve uma série de negligências", disse o delegado responsável pelo inquérito. Noventa Júnior confirmou que deve terminar a investigação.
Investigações
A polícia iniciou as investigações do caso apontando que a adolescente teria sentado em uma cadeira diferente da que estava realmente. Durante as apurações, uma foto apresentada pelo advogado da família de Gabriela, Ademar Gomes, no dia 29 de fevereiro (cinco dias após o início do trabalho da Polícia Civil), mudou o rumo do inquérito. Além disso, a polícia constatou que o assento usado pela garota estava inativo há pelo menos dez anos e que não possuía o sistema de segurança adequado.
"Quando a atração é colocada em atividade, a trava se levanta e depois dá uma 'chicotada' e abaixa fortemente", explica o delegado. A falha não foi apontada nas perícias feitas nos dias 24 e 27 de fevereiro. Depois da apresentação da foto, o Instituto de Criminalística de Campinas emitiu uma nota informando que o trabalho no brinquedo estava sendo feito de forma correta e que todos os assentos foram verificados.